E um destes caminhos é a construção da moradia. Porém,
cuidado! É necessário ter atenção a diversos detalhes para que, no fim das
contas, o desafio não se torne motivo para dor de cabeça e perda de dinheiro. A
escolha do terreno, do projeto, o planejamento da obra, assim como sua
legalização e a compra de materiais são atitudes fundamentais neste processo.
Para que não haja problemas no meio da obra, recomendamos
alguns passos que merecem atenção. Confira!
Terreno
Para escolher o terreno, é necessário avaliar, além do
preço, a localização e o acesso. O comportamento do mercado imobiliário vizinho
- de venda e locação - é muito importante.
Pense muito bem na valorização do local. De qual estrutura
dispõe hoje e qual o potencial de crescimento da região.
Avaliar as condições do solo também é essencial: algumas
vezes o espaço não comporta a construção pretendida, o que pode gerar gastos
com fundações.
Na parte mais burocrática do processo, informe-se sobre a
taxa de ocupação do terreno e zoneamento.
Quanto aos documentos
necessários, segue a lista: certidão de propriedade do imóvel atualizada,
certidões de ações dos distribuidores civis para os proprietários e cônjuges,
assim como protestos, ações federais e execuções fiscais, IPTU, Certidão
Negativa de Débitos Municipais e, caso o proprietário seja pessoa física,
requerer também o CND, Certidão Negativa de Débitos junto ao INSS (Instituto
Nacional doSeguro Social).
Projeto
Projetar a casa é trabalho para um arquiteto ou
engenheiro civil. Dessa maneira, indicações de conhecidos para a escolha do
profissional são bem-vindas. Pode-se optar também por um empreiteiro, que se
incumbirá de contratar o pessoal, sendo inclusive responsável por eles.
Visitar obra que o
empreiteiro executou ou está em andamento é necessário para se conhecer o
padrão de limpeza, qualidade, acabamento, prazo e desperdício de materiais. Atenção
também para:
·
você precisa cotar preço do material, mas
também da mão de obra. Peça orçamento de, pelo menos, três empreiteiros e
negocie!
·
elabore sempre um contrato por escrito,
discriminando tarefas, responsabilidades, prazos, multas e inclusive serviços
extras;
·
recolhimento de INSS dos funcionários, pois
será necessário apresentá-los para o requerimento do "Habite-se".
Planejamento
Com o auxílio do engenheiro ou arquiteto escolhido, é
necessário montar o planejamento da obra, que nada mais é do que um cronograma físico/financeiro.
Aqui, serão definidos: seqüência dos trabalhos, prazos e gastos referentes ao
material e à mão-de-obra.
A idéia é ter em mãos uma espécie de planilha com metas,
o que evitará perda de tempo e desperdício de material.
Regularização da obra
Para que a obra seja regularizada, deverão ser seguidos
três estágios. Aqui, listamos a documentação básica exigida, lembrando que
outros itens poderão ser solicitados, dependendo de cada caso.
1. Na prefeitura, é necessário apresentar os seguintes
documentos:
·
requerimento próprio endereçado à prefeitura;
·
certidão de matrícula e título aquisitivo do
imóvel;
·
carnê do IPTU (Imposto Predial e Territorial
Urbano);
·
cópia do CREA e CCM do responsável técnico
pela obra;
·
2 (dois) jogos de plantas de projeto, a serem
aprovados;
·
Certidão Negativa de Débitos referentes a
Tributos Imobiliários, abrangendo os 5 últimos exercícios fiscais.
2- Em seguida, é preciso fazer o registro da obra no
INSS. Por lei, todo responsável por uma construção civil particular é obrigado a
efetuar matrícula da obra neste órgão, em até 30 dias, a contar do seu início
(salvo construções familiares, menores do que 70 metros quadrados, sem
utilização de mão-de-obra assalariada e de uso familiar). A seguir, a
documentação necessária:
·
Declaração e Informação Sobre Obra - DISO
(formulário obtido no sítio do INSS - www.inss.gov.br);
·
Alvará de concessão de licença para
construção ou projeto aprovado pela Prefeitura;
·
Quando houver mão-de-obra própria, documento
de arrecadação comprovando o recolhimento de contribuições sociais
previdenciárias e das destinadas a outras entidades e fundos, com vinculação à
obra e sua respectiva GFIP;
·
Nota fiscal ou fatura relativa a serviços prestados por
cooperados intermediados por cooperativa de trabalho, com vinculação à obra e
sua respectiva GFIP, quando houver;
·
Documentos pessoais do proprietário do imóvel
(RG, CPF/MF e Comprovante de Residência).
3. Depois disso, é necessário fazer a averbação da obra
na matrícula do imóvel, mediante requerimento próprio ao Cartório de Registro
de Imóveis competente, juntando-se, a CND/INSS para a obra (Certidão negativa
de débitos de INSS com relação à obra) e o Habite-se, que é o documento expedido
pela Prefeitura que atesta o término da obra regularmente aprovada e autoriza a
ocupação do imóvel para as finalidades a que se destina.
Material: hora da compra
Antes da compra de materiais, é importante realizar uma
boa pesquisa em pelo menos quatro locais diferentes. Prepare uma planilha,
contendo data da cotação, produto ou serviço, fornecedor, quantidade, preço
unitário, preço total, prazo de entrega e condição de pagamento. Observe ainda
outros aspectos:
·
o frete está incluso?
·
a relação custo/benefício: um produto barato
pode ter uma qualidade baixa;
·
confira todo o material com calma, no momento
da entrega.
Agora, é só começar a construir!
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