segunda-feira, 1 de julho de 2013

Justiça do trabalho aciona Duratex por falta de segurança e jornada excessiva


O relatório entregue ao MPT pelos fiscais mostra o descumprimento de normas de segurança no parque fabril da empresa.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Bauru ingressou com ação civil pública contra a Duratex por irregularidades relacionadas à segurança do trabalho e à jornada de empregados da filial de Agudos (SP) da empresa (atualmente com 714 funcionários).
A ação se baseia no trabalho realizado pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego de Bauru, que resultou na aplicação de treze autos de infração.
O relatório entregue ao MPT pelos fiscais mostra o descumprimento de normas de segurança no parque fabril da empresa, relacionadas à falta de proteção contra quedas e à ausência de dispositivos de proteção coletiva em máquinas.
Foram identificados casos de trabalhadores em jornada excessiva e sem o descanso semanal de 24 horas obrigatório. Intervalos inferiores ao estabelecido pela lei e falta de registro de ponto também foram flagrados pela fiscalização.
Na ação, o procurador Luis Henrique Rafael pede a regularização dos 13 itens relacionados pelos fiscais do MTE, sugerindo uma multa diária por descumprimento no importe de R$ 1 mil por item infringido.
Além disso, o MPT pede a condenação da Duratex ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1 milhão, reversível ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

"Diante do desrespeito à dignidade humana do trabalhador, não restou alternativa ao Ministério Público senão ajuizar a ação, para restabelecer a ordem jurídica e o respeito ao valor social do trabalho e à dignidade dos trabalhadores", aponta Luis Henrique.

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