terça-feira, 30 de julho de 2013

MPT pede R$ 28,5 milhões por terceirização ilícita em obras da MRV

 O MPT (Ministério Público do Trabalho) enviou à MRV Engenharia uma proposta para que a empresa acabe com a terceirização ilícita e a precarização do trabalho em suas obras em vários Estados. Segundo o texto, a Procuradoria pede o pagamento de R$ 28,5 milhões de indenização por dano moral coletivo.
 Em nota, a construtora confirmou que recebeu a proposta de TAC (Termo de Ajuste de Conduta) no final da tarde de quarta. A MRV informou ainda que apresentará suas considerações "diretamente aos procuradores responsáveis em breve". 
 A MRV se recusar a firmar o compromisso, o MPT afirma que vai dar continuidade às ações judiciais que já estão em andamento e promete entrar com outros processos em outros Estados.
 Segundo apuraram os procuradores, a principal irregularidade encontrada em canteiros de obras da empresa é a terceirização de 100% da mão de obra. A prática é considerada contra a lei e, de acordo com a investigação, é adotada para diminuir os custos trabalhistas das empresas.
 A proposta de acordo foi discutida em reunião em Brasília pelo grupo de trabalho formado por procuradores dos seguintes Estados: Acre,
Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rondônia e São Paulo, onde tramitam as ações judiciais do MPT contra a MRV.
 A construtora está presente em 120 cidades de 18 Estados e do Distrito Federal. Em 2012, a MRV vendeu 34.214 unidades e lançou 29.665.

 Até o início deste ano, a empresa fazia parte da lista suja de trabalho escravo, mantida pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Em janeiro, a construtora conseguiu uma liminar (decisão provisória) no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para ser retirada da lista.

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