quarta-feira, 3 de julho de 2013

Operários da construção civil podem entrar em greve,inclusive em estádio da Copa



Trabalhadores da construção civil querem reajuste de salário e acenam para paralisação

Entidades sindicais que representam os trabalhadores da construção civil sinalizam para a possibilidade de paralisação da categoria – inclusive, nas obras da Arena Pantanal –, caso não haja avanço nas negociações com o sindicato patronal (Sinduscon-MT).
Uma nova reunião acontece na manhã desta terça-feira (2), entre o Sindicato da Construção Civil (Sintraicccm), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso (Fetiemt) e o Sinduscon-MT. 
A entidade sindical representa cerca de 30 mil operários.
Os trabalhadores rejeitaram a última proposta feita pelos empresários, no último dia 11 de junho, de 7% de reajuste salarial, que elevaria o piso dos serventes e ajudantes de R$ 743,60 para R$ 797,14, e dos profissionais de R$ 1.003,20 para R$ 1.073,65.
O presidente do Sintraicccm, Joaquim Santana, explicou que com os descontos dos encargos sociais previstos em lei, os profissionais acabarão tendo um salário líquido de apenas R$ 891,82, enquanto os serventes e auxiliares receberão R$ 656,78.
“Isso se o trabalhador não tiver faltas durante o mês. O caso dos serventes é ainda pior, porque eles não têm ganho por produção, ou seja, receberão apenas o piso. Não aceitaremos isso”, disse.

Reivindicação

Os trabalhadores pedem reajuste de, no mínimo, 17%. Dessa forma, o piso salarial dos profissionais subiria para R$ 1.173,74. 
Já o piso dos serventes e ajudantes ficaria ajustado R$ 870,00. 
O movimento ainda reivindica pela concessão de outros benefícios, como cesta básica e plano de saúde, aumento do percentual pago pela hora extra e redução do valor descontado no salário referente à alimentação – que hoje é de 10%.
De acordo com as entidades, o piso salarial em Mato Grosso está defasado em 50% se comparado a Estados como o Rio de Janeiro, onde o valor é de R$ 1.540,00.


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