Entidades
sindicais que representam os trabalhadores da construção civil sinalizam para a
possibilidade de paralisação da categoria – inclusive, nas obras da Arena
Pantanal –, caso não haja avanço nas negociações com o sindicato patronal
(Sinduscon-MT).
Uma
nova reunião acontece na manhã desta terça-feira (2), entre o Sindicato da
Construção Civil (Sintraicccm), a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de
Mato Grosso (Fetiemt) e o Sinduscon-MT.
A
entidade sindical representa cerca de 30 mil operários.
Os
trabalhadores rejeitaram a última proposta feita pelos empresários, no último
dia 11 de junho, de 7% de reajuste salarial, que elevaria o piso dos serventes
e ajudantes de R$ 743,60 para R$ 797,14, e dos profissionais de R$ 1.003,20
para R$ 1.073,65.
O
presidente do Sintraicccm, Joaquim Santana, explicou que com os descontos dos
encargos sociais previstos em lei, os profissionais acabarão tendo um salário
líquido de apenas R$ 891,82, enquanto os serventes e auxiliares receberão R$
656,78.
“Isso
se o trabalhador não tiver faltas durante o mês. O caso dos serventes é ainda
pior, porque eles não têm ganho por produção, ou seja, receberão apenas o piso.
Não aceitaremos isso”, disse.
Reivindicação
Os
trabalhadores pedem reajuste de, no mínimo, 17%. Dessa forma, o piso salarial
dos profissionais subiria para R$ 1.173,74.
Já o
piso dos serventes e ajudantes ficaria ajustado R$ 870,00.
O
movimento ainda reivindica pela concessão de outros benefícios, como cesta
básica e plano de saúde, aumento do percentual pago pela hora extra e redução
do valor descontado no salário referente à alimentação – que hoje é de 10%.
De
acordo com as entidades, o piso salarial em Mato Grosso está defasado em 50% se
comparado a Estados como o Rio de Janeiro, onde o valor é de R$ 1.540,00.
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